Vez ou outra eu fico lembrando da dinâmica das máscaras (aquela em que você escreve na frente da máscara o que você mostra para as pessoas, e no verso da máscara o que você não mostra pra ninguém – tem no documentário The Mask You Live In).
Depois de escrever de forma anônima, amassamos os papéis e jogamos no meio da roda, e aí cada um pode pegar um papel amassado e ler, em silêncio.
O que acontece depois é difícil descrever, mas eu me lembro da sensação que foi ter visto tanta gente perceber o que pessoas ao seu lado nunca mostraram, mas sempre sentiram. Já parou pra pensar o quão profundo é ler o verso da máscara de alguém?
De vez em quando, fico pensando o que está por trás da minha máscara, e no verso das máscaras das pessoas que passam por mim.
Compartilho aqui pra dizer que eu não faço ideia do que tem aí, e talvez vocês não façam ideia do que tem aqui… mas existem alguns espaços seguros pra gente compartilhar tudo isso.
Me chama e, assim, a gente vai se cuidando, se acolhendo, e garantindo que este mundo seja um lugar melhor pra gente viver.